TRANSPLANTE HEPÁTICO -
uma experiência vivida de muito perto |
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From: Lino Oliveira
Caros Amigos Desculpem a maneira usada para vos dar conta desta situação, mas não sei se teria ânimo para vos contactar individualmente. Há cerca de 3 semanas a Edite ficou doente em casa com o que aparentava ser uma hepatite A. Durante duas semanas as análises efectuadas indicavam que os valores relacionados com a hepatite estavam a regredir, tendo vindo para menos de metade. Durante a madrugada de Sábado 01/03, a Edite desmaiou. De manhã, por indicação do médico deu entrada na urgência do Hospital Pedro Hispano. Durante todo esse dia foi submetida a uma bateria de exames, tendo sido transferida ao fim da tarde para o Hospital Santo António, onde ficou internada. Este hospital é o mais bem apetrechado em doenças hepáticas. No Domingo, fui visitá-la e vim bastante animado pois estava muito bem disposta. Na madrugada de Segunda 03/03, volta das 3:00, recebi um telefonema do hospital informando-me que a Edite tinha dado entrada na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes, devido a perda de consciência e por não ter reconhecido os médicos que a estavam a acompanhar desde o início. Nesse momento, começou a corrida contra o tempo, à procura dum fígado para o transplante. O estado agravou-se na Terça, pelo que era de todo imperioso o transplante. Foi o dia mais longo e desesperante da minha vida! Por volta das 21:30, tive a enorme alegria da noticia de que tinha aparecido um fígado compatível. O transplante durou toda a madrugada de Quarta. Apesar de ter tido algumas hemorragias que não são de todo anormais, a situação dela é estável e favorável. Recuperou a consciência na Sexta, tendo já falado com os médicos. Fui visitá-la ontem Sábado, pela primeira vez desde a operação. Desculpem, mais uma vez o modo de vos dar a notícia. Um abraço, Lino Oliveira |
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